Como sabemos, o dia 21 de março é, visivelmente, marcado por ser o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Também sabemos que, apesar de ser uma data muito expressiva e importante, nem sempre é lembrada e muito menos respeitada como se deve.

No atual cenário, seguimos escondendo a população negra e, quando não é possível, articula-se de forma transversa para eliminá-los a todo custo. Ora, em pleno século 21, nossa amada “Pátria Mãe Gentil” continua a deixar a população negra liderando trágicas estatísticas, como a de mortes evitáveis, desemprego, exclusão e analfabetismo.

Mas, nem por isso vamos ficar passivamente calados assistindo à decadência desse império romano de hoje, que é a chamada civilização ocidental. Temos que assumir nossos bárbaros valores, lutar por eles e anunciar uma nova era, da qual somos os construtores.

Para que possamos acabar com o racismo, será preciso uma conscientização coletiva, abrindo exemplo para as futuras gerações dessa tão almejada igualdade. Não importando a cor, a religião ou opção sexual. É preciso eliminar esse ciclo vicioso. É uma luta diária, mas que um dia será vencida.

O sistema racista de tudo fez para separar pessoas por cores, mas um arco íris é composto por várias cores que dão vida ao céu. É bem verdade que muito ainda precisa ser feito. A falta de empatia nos atrapalha, mas nossa Niterói já avançou com seu próprio Estatuto Municipal de Igualdade Racial, a Lei nº 3.110/2014, e a novíssima Lei de Cotas nº 3.534/2020, garantindo ao povo negro e pardo dignidade e espaço em concursos públicos niteroienses.

A despeito de toda dor e retrocesso, haverá futuro e, se tudo sair como o esperado, será bem diferente do presente que insiste em manter a discriminação racial e seus nefastos resultados.

Qualquer data na qual se pare para um debate sobre a questão racial e a relevância de uma sociedade antirracista é muito importante. Então, que no dia 21 de março o diálogo seja intenso e firme quanto às questões que envolvem aqueles que são, desde sempre, discriminados e vítimas de todo tipo de abuso e preconceito, ou seja, os negros e os indígenas.

Não percamos jamais o foco, pois a nossa luta é grande, e talvez eterna, mas jamais será em vão. Que nós negros tenhamos cada vez mais espaço porque temos direito a ele! Por mais políticas públicas para dirimir as desigualdades que persistem no nosso Brasil. Esta luta é de todos, pois todos somos iguais.

Vamos em frente, vamos à luta!

A OAB Niterói atua e acredita nisso.

Comissão Igualdade Racial

Presidente: Jaqueline Cristina da Silva Araújo dos Santos

Vice-presidente: Luiz Henrique de Oliveira Júnior

e seus delegados.

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