NOTÍCIA
É importante lembrar a toda a sociedade que a violência doméstica não é um fenômeno novo ou gerado pelo isolamento social imposto pela Covid-19. Trata-se de um outro tipo de 'pandemia', que existe de longa data, que é o machismo estrutural e a desigualdade de gênero, que sabidamente já existiam antes do isolamento social e da quarentena.
A estatística atual se intensifica, sim, mas é na medida em que situações de emergência tendem a ampliar os riscos de violência contra a mulher, e podem criar obstáculos para o acesso aos serviços públicos.
Verificamos que, muitas vezes, a mulher, diante da impossibilidade de sair de casa para ir a uma delegacia, por medo de contrair a Covid-19 ou por que o companheiro a proíbe - por ele estar mais tempo em casa e, assim, a monitora -, e ainda por desconhecer as possibilidades existentes para sua proteção, a mulher acaba sendo vítima de agressões físicas ou psicológicas, podendo até ser assassinada.
Por este motivo, a mulher sob essa situação já pode recorrer à denúncia online pelo link https://dedic.pcivil.rj.gov.br/, ou ainda pelo telefone 197, onde a vítima terá todo o suporte.
Não podemos deixar de falar da importância dos vizinhos, conhecidos ou parentes em denunciar qualquer tipo de abuso ou violência que souberem. A sociedade precisa entender que a violência doméstica não acontece da noite para o dia, e normalmente dá sinais, na frequência de brigas e xingamentos, por exemplo. Por isso é de suma importância que testemunhas recorram aos telefone 190 (Polícia) ou 180 para denúncias, que são anônimas.
Fica o nosso alerta também aos síndicos, para que intensifiquem esse tipo de informação aos condôminos na forma de cartazes, palestras, cartilhas, posts. E nossa Comissão se coloca à disposição para esse trabalho, através do e-mail comissoes.nit@oabrj.org.br", afirma Eliana Barboza.