ARTIGO - Comissão de Gestão e "Coaching" Jurídico da OAB Niterói
Data da Publicação: 02 de Setembro de 2020
Com o advento da pandemia no início de 2020 surge a necessidade da realização de audiências virtuais nos tribunais do Brasil, como medida de prestação jurisdicional em segurança, atendendo às normas sanitárias brasileiras e mundiais.
A sua implementação traz a natural resistência de alguns setores, seja por dificuldades tecnológicas, seja por outros fatores.
Observa-se, entretanto, que a oposição a novidades no Judiciário é um fato histórico. Assim foi em 1929, quando um juiz datilografou uma sentença, apondo apenas sua assinatura ao final e, por duvidarem da sua autenticidade, o juiz foi obrigado a reescrevê-la à mão, com impecável caligrafia em tinta preta, como era o procedimento oficial à época. Inevitavelmente, a máquina de datilografia entrou em cena anos depois e somente foi substituída pela chegada dos computadores, com seus editores de texto, a partir dos anos 80 e 90. A evolução segue a sua marcha e os computadores, conectados à internet, possibilitaram a informatização do processo judicial em todo território nacional através do Pje - Processo Judicial Eletrônico, que também encontrou forte resistência e insatisfações, embora o objetivo tenha sido o de processos mais céleres e acessíveis às partes.
Obedecendo a evolução gradual nos procedimentos, foi exatamente esse sistema de tramitação de processos exclusivamente pela via eletrônica que tornou possível a realização das atuais das audiências online. O fato em si não deve ser visto como um ato isolado, pois faz parte de um contexto maior que, impulsionado pela tecnologia, avança inexoravelmente ao longo dos anos.
Como se pode observar, o acesso aos tribunais por via remota não é novidade no mundo, conforme as experiências divididas por operadores do Direito no site não oficial e colaborativo https://remotecourts.org.
As audiências telepresenciais vieram para ficar? O tempo dirá!
O mercado, de forma acelerada, vem sofrendo várias transformações. As mudanças estão aceleradas e o setor jurídico vem se remodelando para acompanhar as inovações. Na atualidade, o advogado enfrenta uma concorrência muito grande e, para se diferenciar, precisa aprender a sair do convencional, buscar soluções inovadoras, mas sem ferir o Código de Ética.
O vasto conhecimento técnico já não se faz mais suficiente. É o básico.
Portanto, para destacar-se no mercado jurídico, o advogado precisa entender o seu negócio e afinar-se com a necessidade do cliente para prestar uma assessoria adequada a cada caso. O advogado precisa ser ético, ter comprometimento, ser íntegro e manter um bom relacionamento com o cliente.
Nesse contexto atual, o advogado precisa se conectar com o contemporâneo, e a gestão e "coaching" jurídico se conectam com esse cenário.
Comissão de Gestão e “Coaching Jurídico OAB Niterói
Presidente: Gisele Bastos Vieira Marins
Delegados: Alberto Veiga Marins,Vicente Bruno Filho, Fernando Camargo Soares Neto e Marcella Coutinho Dias da Costa
Colaboradoras: Ana Lúcia Araújo Martelo Lucas (Psicóloga e especialista em Inteligência Emocional), Júlia Helena de Lima Cardoso (Especialista em posicionamento de marcas e mídias sociais).
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